“Como o mundo é pequeno”
“Como o mundo é pequeno”. Quantas e quantas vezes já caíram na tentação de proferir este que parece, à partida, apenas mais um “lugar-comum”? Parece que em toda e qualquer situação social há sempre alguém que conhece alguém que nós também conhecemos.
Muitas vezes dou por mim a pensar nesta ideia. Mas apenas recentemente descobri que afinal este não é apenas mais um “lugar-comum”. Segundo estudos conduzidos na área da Psicologia e da Matemática, a ideia de que o mundo é pequeno é muito mais profunda do que parece.
Muitas vezes dou por mim a pensar nesta ideia. Mas apenas recentemente descobri que afinal este não é apenas mais um “lugar-comum”. Segundo estudos conduzidos na área da Psicologia e da Matemática, a ideia de que o mundo é pequeno é muito mais profunda do que parece.
Num certo sentido, estamos todos ligados, através de uma teia de relações interpessoais de tal forma conectada que qualquer pessoa do mundo, desde o Dalai Lama ao Bono, se encontra a apenas seis pessoas de distância de cada um de nós. Ou seja, nós conhecemos alguém que conhece alguém que por sua vez conhece alguém que conhece o Dalai Lama… Apenas seis… Por exemplo, eu estou a apenas uma pessoa de distância de Cavaco Silva e de Mário Soares e a uma pessoa de distância do Papa João Paulo II e do Papa Bento XVI. Cada uma destas pessoas tem, por sua vez, uma teia de relações muitíssimo superior à minha, por isso, através deles, estou a apenas duas pessoas de distância de centenas de milhares de pessoas. Fico assim a apenas duas pessoas de distância de George W. Busch, de Fidel Castro, de José Eduardo dos Santos, etc., etc., etc.
A investigação sobre estas “curiosidades” começou com Milgram, em finais dos anos 60, e ganhou nova dimensão em 1998 com a publicação na Nature de um artigo dos matemáticos Duncan Watts e Steven Strogatz, da Universidade de Cornell, intitulado «Dinâmica colectiva de reticulados de ‘pequenos mundos’». Se quiserem ler mais sobre estas questões não deixem de ler o livro “Da falsificação de euros aos pequenos mundos” de Jorge Buescu.
E entretanto façam o teste às vossas teias relacionais e calculem os vossos graus de separação. Asseguro-vos que o exercício é muito giro…