quarta-feira, novembro 29, 2006

Surpreendente...

Hiroshi Ochiai, jogador da selecção japonesa de futebol de salão de cegos (centro), prepara-se para rematar por entre os seus adversários britânicos Harris Darren (esq.) e Ajmal Ahmed (dir.), numa partida do IV Campeonato do Mundo da modalidade, que está a decorrer em Buenos Aires, na Argentina. Foto: Leo La Valle; Fonte: http://www.publico.clix.pt/

segunda-feira, novembro 27, 2006

Vida Vivida Vivamente

É costume ouvir a frase: “aproveita a vida ao máximo”. A minha dúvida é o que isso significa em concreto. Existe um máximo ou um mínimo no que respeita ao acto de viver a vida?

“Vive o momento, NOW!”
Num dos bons anúncios da Vodafone, ficámos a saber que a
efémera apenas tem um dia de vida. Assim, nesse dia, ela tem que o viver ao máximo e fazer tudo aquilo que nós fazemos durante uma vida. No entanto, com um único dia de vida o que restava à efémera fazer senão aproveitar a sua curta existência e ser feliz?
Nós, com uma esperança média de vida entre 70 a 80 anos poderemos dizer que sempre temos mais tempo para reflectir sobre os nossos actos e sobre a forma como pretendemos viver a vida. Não estamos tão desesperados como a efémera. Por outro lado, a Tartaruga Gigante das ilhas Galápagos vive cerca de 150 anos. Apesar de só comer folhinhas, ainda terá mais tempo sobre o que pretenderá fazer da sua lenta vida.
Quando eu menciono estes tempos de vida quero chegar ao ponto em que todos nós, a certa altura da vida, olhamos para trás e dizemos: “mas o que é que eu fiz em concreto até agora? Não podia ter feito melhor? Será que desperdicei a vida até agora?”. Estes tipos de questões não podem ser respondidas da mesma forma por todos nós. Será sempre uma questão subjectiva. Os meus critérios de objectivos cumpridos, de fracasso ou insatisfação serão sempre diferentes de todas as outras pessoas.
Então, em que é que eu me posso basear para dizer que estou a viver a vida na sua plenitude?

Vamos tentar encontrar um mínimo. Uma pessoa que passa todos os dias em casa sem fazer nada. Será que está a desperdiçar a vida? Se saísse e fosse ao cinema, ao teatro, ter com amigos, passear, andar, navegar, voar, brincar, nadar, não passar tantas horas nos blogues do SOL, gritar “I’m the king of the world!”, estaria assim a viver mais?

Então, qual é o máximo?

Alguém que procura chegar ao topo das 14 montanhas com mais de 8.000m?


Alguém que de manhã entra no jacto para ir comer um croissant a Paris. Que aproveita para comprar uns fatinhos Hugo Boss (porque sim). Que dá um pulinho à Suiça para comprar uns chocolates e um Patek Phillipe. Que no regresso é obrigado a saltar de pára-quedas sobre os Alpes Suíços porque se lembrou de ter visto uma vez o Arnold Schwarzenegger a fazer isso. Que para se alimentar - pois estava na hora de almoço – é obrigado a pescar uma truta num rio próximo, através de uma lança construída com um canivete suíço com 72 ferramentas. Que após detectar que o canivete não tem isqueiro, decide comer o peixe cru – afinal, sushi é o seu prato favorito. Que após arrotar à truta, lembra-se do seu telemóvel com ligação satélite e pode assim chamar um helicóptero táxi. Que decide parar no Mónaco para dar um abraço ao Flavio Briatore. Que juntos, seguem para o circuito de San Marino, onde tem a possibilidade de dar umas voltinhas a 300Km/h, já que em Portugal não pode ‘esticar’ o seu BMW McLaren F1 GTR. Que já com a barriga a dar horas, decide voltar para Lisboa, a fim de comer um prego no Galeto, – faz 40 anos de existência - para tirar o sabor da truta. Que se refastela no seu sofá a tentar ler todos os livros sugeridos por Marcelo Rebelo de Sousa. Por fim, dorme as quatro horas da praxe e sonha como irá preencher o seu dia seguinte. É que se ficar em casa pode dar-lhe uma coisinha má.

O que será mais recompensador? Atingir enormes objectivos em poucas vezes – como aquele que sobe aos cumes mais altos – ou atingir pequenos objectivos de forma constante?
Se calhar o máximo seria atingir enormes objectivos de forma contínua. Existe alguém que faça isso?


E o dinheiro? Poderá ser um factor limitativo para se viver a vida? É que para se realizarem ou concretizarem muitos sonhos, é preciso bastante dinheiro. Mas também é uma questão subjectiva. Se o último prémio do Euromilhões fosse repartido por duas pessoas totalmente diferentes, de certeza que o seu destino também seria completamente distinto. Possivelmente, uma das pessoas iria fazer tudo aquilo com que sempre sonhámos e nunca iremos conseguir fazer. A outra, poderia colocar toda no banco a render e até poderia continuar a trabalhar como se nada tivesse acontecido. Esta segunda pessoa, apesar de passar a ter recursos financeiros quase ilimitados seria mais infeliz no gozo da vida em relação à primeira pessoa?
Curiosamente, tenho uma imagem completamente distorcida em relação ao
senhor mais rico do mundo. Ele, com meios financeiros para fazer loucuras em todos os minutos da sua vida, transmite-me uma imagem onde eu penso que passa os dias enfiado na sua casa completamente automatizada, a jogar ao Flight Simulator com os seus filhos.

Penso que todos ouviram falar da tragédia que aconteceu este fim-de-semana no Chile, onde morreram seis pessoas por causa da queda de um avião. Quatro dessas vítimas eram portugueses ligados ao jornalismo. Encontravam-se numa viagem com duração prevista de um mês para percorrerem a chamada ‘
carretera austral’. Seria uma viagem de sonho ou a viagem das suas vidas. Tratando-se de uma viagem onde é necessário um capital elevado para ser realizada, será que nos meses ou anos anteriores, estes portugueses passaram privações apenas para conseguir realizar uma viagem de sonho? (nota: os pêsames para todos os familiares e amigos destes portugueses que morreram nesse trágico acidente).
A questão é que a vida é imprevisível e ninguém pode prever o amanhã. Será que se vive, quando se passa uma vida de sacrifícios, apenas com o objectivo de realizar um grande sonho? Não seria mais compensador, ir realizando pequenos sonhos de forma regular?

Fará sentido passar uma vida a trabalhar, apenas a pensar no dia da reforma para aí finalmente se gozar a vida? Nem queiram saber a quantidade de roulotes que se vêm no Algarve, com casais na idade pós-reforma. Não sei se antes gozaram a vida, mas que agora a estão a gozar a vida, ai lá isso estão.
Na revista ‘Tabú’ (nº 11, 25/11/2006), li que há vida depois dos 65. Cito «Com 85 anos, Maria Amélia Bravo dançou até às seis da manhã na festa dos 90 anos de uma amiga.». No casamento da neta, estava à volta da tábua dos queijos, eram oito e meia da manhã. GRANDE MULHER! Leiam o artigo que vale a pena.

Se leu na diagonal até aqui, faz favor de voltar atrás e ler melhor. Estou quase a acabar.

A vida tem um poder inebriante que nos faz ser gulosos. Quanto mais a vivemos, mais queremos dela. A questão é: sabemos impor um limite ou sabemos parar em objectivos que conseguimos realizar?
Se não soubermos impor esses limites, arriscamo-nos a passar a vida a sonhar e a invejar todos aqueles que cumprem objectivos superiores aos nossos. A possível consequência directa dessa situação será uma vida amargurada e infeliz.
Aproveito para lançar um lema: “A intensidade com que vives a tua vida é tão boa como outra qualquer.” – pensa assim e sentir-te-ás melhor. Experimenta.

E vocês? Já fizeram essa paragem para olhar para trás e disseram: “Será que desperdicei a vida até agora? Poderia ter feito muito mais?” – é que se comparem com outras vidas, vão sempre achar que podiam ter feito muito mais.
Eu, tento aproveitar todas as pequenas coisas da vida e tento tirar o maior prazer desses actos. Mas já invejei outras vidas.
Deixe aqui o seu testemunho real.

‘Carpe diem’ – Seize The Day

Notas:
1) Quando faltam alguns dias para entrar em 2007, deixo aqui um conselho: Tentem reduzir a vossa lista de promessas a um ou dois itens. Sobretudo, não insistam no item ‘Inscrever-me num ginásio’ e no item ‘Saltar de pára-quedas’.

2) Texto escrito por quem nunca gostou de filosofia, não é um pensador da vida e nunca escreveu livros sobre essa matéria para não ter que vir a público desmentir qualquer acusação de plágio.

Adeus Cesariny


Poeta, pintor, Mário Cesariny morreu ontem de doença prolongada, aos 83 anos. Considerado o maior vulto do surrealismo em Portugal, com a sua morte a nossa cultura ficou um pouco mais pobre...

poema
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco

domingo, novembro 26, 2006

Parar para pensar...

Ontem não tive tempo, mas não queria deixar passar o dia em branco...
Ontem, dia 25 de Novembro (sábado), foi o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres.

Sobre o tema poderia dizer-vos muitas coisas... Mas, vou deixar apenas alguns dados do panorama nacional e uma imagem...


Segundo os dados da Estrutura de Missão Contra a Violência Doméstica (EMCVD), em Portugal: 1 em cada 3 mulheres é vítima de violência. 5 pessoas são mortas todos os meses pelos seus companheiros. 1 em cada 4 homicídios é praticado sobre o cônjuge. 25% dos casais reconhece e existência de agressões no casamento.

Nos primeiros nove meses do ano de 2005, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) acompanhou 10038 casos de violência doméstica. No primeiro semestre de 2006, a APAV contabilizou um total de 3537 crimes, destes 88% referem-se a crimes de violência doméstica, onde se destacam os crimes de maus tratos psicológicos (33,2%) e físicos (31,7%). A maioria são crimes de carácter continuado e em 97% dos casos denunciados o autor do crime mantém relações de proximidade com a vítima.

Segundo os dados da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda Nacional Republicana (GNR), no ano de 2005, em Portugal, foram apresentadas 18 mil queixas de violência doméstica: 9816 na PSP e 7995 na GNR. Nesse mesmo ano, a PSP efectuou 249 detenções por crime de maus tratos sobre o cônjuge, o que representa um aumento de 429% relativamente ao ano anterior.

Apesar destes números, estima-se que apenas 2% das vítimas de violência conjugal denunciem o caso às autoridades.

É este cenário grave e preocupante que levou em que, em Maio de 2006, a Amnistia Internacional destacasse pela primeira vez o fenómeno da violência doméstica em Portugal, como uma grave violação dos direitos humanos. Esse relatório da Amnistia Internacional refere que em 2005, 33 mulheres foram mortas no seio familiar, 29 pelo companheiro ou ex-companheiro e 4 por outros familiares. São 2,5% mais mortes do que em Espanha (70 homicídios) tendo em conta o número de habitantes, segundo os dados do Observatório das Mulheres Assassinadas.

Dá que pensar, não dá?

ps - queria colocar duas imagens, mas só consegui uma... A que está era a campanha de 2006, agora queria colocar-vos a nova... O fundo é vermelho e tem apenas: a violência doméstica é crime. Não se cale, denuncie.

quarta-feira, novembro 22, 2006

'JAWS', ui que medo!


Ontem, ouvi a notícia que tinha sido capturado um tubarão-frade em Sesimbra. O peixe – sim, tubarão é peixe – media cerca de sete metros de comprimento e pesava umas 2,5 toneladas. Bom, antes que pensem que foi capturado à babuja por algum pescador com uma cana de fibra-de-vidro, convém dizer que a embarcação que o capturou, de nome ‘Sempre Coragem’ estava à pesca de peixe-espada preto, que se encontra a cerca de mil metros de profundidade.
Em relação a esta captura, o biólogo marinho Élio Vicente – especialista contactado para dizer qualquer coisa a este respeito – afirmou «…que não é vulgar encontrá-los a dois ou três quilómetros da costa…alimenta-se de pequenos animais marinhos e algas, "não oferecendo perigo nem para uma sardinha", lembrando que "não têm dentes e só filtram microrganismos"».
Assim, se uma criancinha com bóias nos braços fosse ‘aspirada’ por este descendente da pré-história, é porque tinha ocorrido um terrível erro de análise da parte deste, ao confundir a inocente com um bocado de plâncton. Na primeira imagem, podem observar um lindo exemplar ‘Cetorhinus maximus’ a alimentar-se. Se virem dentes, é favor contactar Élio Vicente.

Ao ouvir esta notícia, veio à memória uma espécie de trauma, à muito adormecido. Isto porque se falava de um hiper-tubarão e de Sesimbra. Passo a explicar.


No ano de 1975, é exibido no cinema o filme JAWS. Ora, sobre este aspecto estou bastante baralhado. Eu fui ver esse filme mas não consigo lembrar-me da minha idade nessa altura. Se o tivesse visto em 1975, eu teria 7 anos. Duvido no entanto que o filme fosse classificado para maiores de 6 anos. Assim, eu devo ter visto esse filme quando tinha 12 anos, em alguma reposição no Monumental – ou seria no Império?. Se a vossa memória for melhor que a minha, agradeço que me informem sobre a hipótese mais lógica.


Bom, o que está em causa é que a pobre da minha mãe, num acto de pura ingenuidade e talvez pensando que era um filme tipo National Geographic, lembrou-se de me levar a ver o JAWS. Sei que em algumas cenas tapei os olhos com as mãos, deixando sempre uma fresta para ver o sangue a espirrar. Durante o filme, mal ouvia a ‘péssima’ banda sonora, todo eu tremia – talvez ‘borrava-me’ fosse mais expressivo - a pensar que o danado do peixe ia aparecer para abocanhar a perna de mais um banhista incauto. Entretanto, nesse ano nós íamos de férias para Sesimbra. Quem é que dizia que eu era capaz de ir banhos nas águas geralmente calmas e óptimas para nadar daquela fantástica baia? Pois é. Até eu perceber que não iria ser atacado por algum tubarão branco naquelas águas geladas, ainda foi necessário passar bastante tempo.
Agora, ao me lembrar que costumava nadar para fora de pé, estou a crer que deveria ter 12 anos quando vi o filme.


Anos mais tarde, tendo ultrapassado o trauma inicial, através de VHS, DVD, Canal Hollywood e outros que tais, eu já perdi a conta às vezes que já revi este filme. Para mim, Steven Spielberg fez uma obra-prima no cinema deste género. Para que se saiba, O American Film Institute (AFI) elaborou a lista dos 100 melhores «thrillers» americanos de todos os tempos. O primeiro lugar foi para Alfred Hitchcock com «Psico». «Tubarão», de Steven Spielberg, e «O Exorcista», de William Friedkin, ficaram colocados no segundo e terceiro lugares, respectivamente.
Venceu nas categorias de "Melhor Banda Sonora", "Melhor Montagem" e "Melhor Som", tendo também sido nomeado na categoria de “Melhor Filme”.
Peter Benchley, autor do livro que deu origem ao filme, tinha em mente um elenco bem diferente, composto por Robert Redford, Paul Newman e Steve McQueen – só pelo elenco esta versão seria fantástica.



A verdade é que através do filme, a mensagem “o tubarão é uma fera assassina” foi tão forte que a fobia colectiva atingiu proporções nunca antes imaginadas.
No início da década de 60, na Austrália, houve uma série de ataques de tubarão-branco, tendo morrido três mergulhadores num curto espaço de tempo, criando um estereótipo de ‘assassino dos mares’. A fobia geral foi adensada em 1974, com o lançamento do livro “Jaws”, de Peter Benchley. Por fim, em 1975, o filme “Jaws”, de Steven Spielberg, baseado no livro anterior, conseguiu provocar a histeria completa. Como resultado, os tubarões-brancos passaram a ser considerados inimigos número um da sociedade sendo perseguidos e caçados impiedosamente. Apesar de seu tamanho e força, foram exterminados milhares e a espécie não conseguiu absorver o golpe. Ao se constatar que a espécie estava caminhando para a ameaça de extinção, em 1979, a África do Sul - seguida posteriormente pelos EUA e Austrália - foi o primeiro país a proibir a pesca do tubarão-branco e a implementar programas de protecção.
Por curiosidade, refiro ter lido que a probabilidade de se ser atacado por um tubarão é de cerca de 1/300.000.000


E como é de filmes e tubarões que se fala aqui, não posso deixar de mencionar um filme com uma abordagem completamente diferente dos restantes e cujo visionamento sugiro vivamente. Estou a falar do filme "Open Water" (2003) - Em Águas Profundas. É acima de tudo um filme extremamente perturbador e que nos consegue ‘incomodar’. Este projecto de Chris Kentis originou algum burburinho devido à não utilização de duplos ou efeitos especiais, colocando os actores à mercê dos tubarões que os circundavam.
Apesar do filme usar a luta dos dois personagens com os tubarões como principal efeito dramático, é sobretudo na ideia de ser abandonado no meio do oceano que existe o maior impacto. À medida que o filme se vai desenrolando, as personagens vão perdendo as forças e a esperança, sendo dominados pelos seus medos, conseguindo-se criar um clima de autêntico terror.
Ainda um aspecto horrível deste filme, é que foi baseado em factos verídicos. Em 1998, um casal americano, Tom e Eileen Lonergan desapareceram na Grande Barrerira de Coral após se terem afastado do grupo com que faziam mergulho.
Se puderem, vejam e digam-me da vossa justiça.

Termino dizendo que “Jaws” foi um filme que marcou a história do cinema e tem lugar cativo na minha lista de filmes de culto.

Tubarão gigante preso nas redes de pesqueiro
Tubarão-frade dá à costa algarvia e assusta banhistas
'JAWS' no YouTube
'OPEN WATERS' no YouTube

Apontem na agenda!

Orgasmo global pela paz
2006/11/22 11:30

(fonte Portugal Diário.)

Iniciativa insólita quer «dar energia positiva à terra» com o prazer



A solução dos conflitos mundiais é uma questão de prazer. Pelo menos é o que defendem os mentores da iniciativa Global Orgasm (Orgasmo Global). A proposta é insólita; o motivo é nobre: conseguir que o maior número de pessoas tenha um orgasmo ao mesmo tempo, no dia 22 de Dezembro, e canalize a energia libertada, nesse momento, para pensamentos pacíficos.
A data não foi escolhida ao acaso, porque «este é o primeiro Orgasmo Sincronizado Anual Global para a Paz, até ao solstício de Dezembro de 2012, altura em que o calendário Maia termina, e há um novo recomeço». A explicação é dada numa «declaração de missão» publicada no site da Global Orgasm.
«O objectivo [da iniciativa] é que os participantes concentrem todos os seus pensamentos na paz durante e depois do orgasmo», acrescenta a nota, com um esclarecimento: «A combinação de alta energia orgásmica combinada com uma vontade intensa pode ter um efeito maior do que a meditação e as orações em massa».
Segundo os responsáveis desta tentativa de «injectar energia positiva no campo magnético da Terra», o sucesso do plano traduzir-se-á na «redução dos perigosos níveis de agressão e violência em todo o mundo».
Apesar da proposta poder parecer esotérica, é sublinhado que ela acontece numa altura em que as relações entre diversos países sobem de tensão e surge uma denúncia: «Dirigem-se mais duas frotas do EUA para o Golfo Pérsico com equipamento anti-submarino que poderá apenas ser usado contra o Irão».
No site, a participação está aberta a todas as pessoas do planeta, «em especial nos países com armas de destruição massiva», lê-se. E, para que ninguém se atrase em relação ao momento em que esta conjugação de prazer deve ser produzida, há um relógio no topo do site com uma indicação esclarecedora: «Contagem decrescente para o orgasmo global sincronizado». Na altura em que esta peça foi terminada, faltavam 30 dias, 14 horas, 18 minutos e 3 segundos para o momento.

Por favor, maquem nas agendas... Pela paz...

Um novo cinto de segurança e de prevenção rodoviária....

terça-feira, novembro 21, 2006

(X,Y,Z)_Coordenadas musicais

Wax Tailor - Que Sera

Wax Tailor é um Dj francês fora da sua época. Com a sua extravagância e ousadia existem poucos. Mistura hip-hop com sonoridades de orquestra, ruído, melodia, etc.… e depois “cola” amostras de películas antigas sobre as suas músicas, fazendo um pouco o trabalho de realizador da sétima arte. As atmosferas criadas são suspeitas, mas não deixam de ser apaziguadas por uma boa loção de áudio. Tailor enumera nomes do grande ecrã e da música como Doris Day, Nina Simone etc.… Alfred Hitchcock entre muitos outros gostariam de ter conhecido este fenómeno.
Deixo-vos o clip, lembrando James Stewart e Doris Day no filme The Man Who knew too much (1956) de Alfred Hitchcock.

http://www.waxtailor.com

domingo, novembro 19, 2006

Bestas vs Bestiais

Hoje, 19 de Novembro, celebra-se o Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada, instituído em 2002 pelo Papa João Paulo II. Em Portugal morreram 70 mil pessoas devido a acidentes rodoviários no século XX. No Mundo inteiro, as estradas fizeram mais de 25 milhões de mortos. O que é que isto tem a ver com o título do post? já lá chego.

Um aspecto positivo. Apesar destes números assustadores, resultantes da guerra civil diária que ocorre nas nossas estradas, importa assinalar um dado importante: Neste momento, somos o segundo país da Europa que mais reduziu as mortes em acidentes. Tudo indica que este ano, Portugal deverá ficar abaixo da fasquia negra e simbólica dos mil mortos anuais em acidentes rodoviários. Refira-se que em 1998, o número de mortos ascendeu a 1865, existindo desde então uma tendência para a diminuição anual desse número. Isto revela que tem existido maior consciencialização dos condutores e que os novos códigos da estrada têm surtido efeitos.

Um aspecto negativo. Neste dia, aproveitei para ler o Expresso. Na página 7, do primeiro caderno, paro para ler o artigo do Miguel Sousa Tavares (MST). O artigo girava em torno de uma deslocação do MST à ‘província’ alentejana para tratar de assuntos pessoais. Não me chocou saber que tinha comido salmonetes de Setúbal. O que me chocou foi ler o segundo parágrafo do seu artigo. Assim, para quem não teve oportunidade de ler esse artigo, transcrevo aqui as partes mais interessantes:
«Faço a A6 num instantinho, cruzando-me com não mais do que rês carros…» bom, o conceito de ‘instantinho’ diverge de pessoa para pessoa;
«…em nenhum outro lugar do mundo vi uma auto-estrada tão boa e tão deserta.» bom, talvez o ‘deserto’ convide ao ‘instantinho’;
«Mas é aqui, precisamente, onde não passa nada e só uma besta consegue ter um acidente, que já fui apanhado duas vezes em excesso de velocidade. Mas percebe-se: 90% das mortes na estrada, em Portugal, acontecem fora da auto-estrada; e 90% das multas por excesso de velocidade são cobradas na auto-estrada – chamam a isto “prevenção rodoviária”» bom, aqui parei de ler e saltou-me a tampa.
Antes que voltem a ler a transcrição, eu repito «…só uma besta consegue ter um acidente…»

Desculpem!? Se eu for na A6 e tiver um acidente sou uma besta? Eu li este artigo no Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada. Neste dia de luto e dor infindável para muitos Portugueses, existe um senhor que diz que quem tem um acidente na A6 só pode ser uma besta. Como se isso não bastasse, ainda tem o desplante de dizer que na A6 já apanhou duas multas por excesso de velocidade, ou seja, por duas vezes foi multado num ‘instantinho’.

Nesta A6, foi uma vez apanhado em excesso de velocidade - um ‘instantinho’ de cerca de 224Km/h - o Dirigente da Associação Portuguesa das Escolas de Condução, Alcino Cruz. Este ‘dirigente’ admitiu que conduzia em excesso de velocidade, alegando porém que a natureza da via e as condições de segurança do veículo, um Mercedes 270, não representavam perigo nem para si e para a sua mulher, nem para os outros condutores, “que não existiam porque a estrada, àquela hora, entre as 14h00 e as 15h00, estava deserta”. Para MST, como este senhor teve ‘mãozinhas’ para dominar o seu bólide a 224km/h e não teve um acidente, só pode ser um bestial.

Outra coisa. Esta A6 e a A2, por exemplo, são auto-estradas bastante ‘rectilíneas’ e com pouco trânsito, ou seja, extremamente monótonas. Assim, apesar de só 10% dos acidentes ocorrerem na auto-estrada, numa situação de monotonia e com pouco trânsito – num claro convite ao ‘instantinho – existe a possibilidade do condutor ficar sonolento. Esse factor aumenta, se no meio da monotonia formos conduzir com uns salmonetes no bucho, empurrados à custa de um branquinho fresquinho (note-se, sem nunca passar os ditos 0.5g/l de álcool no sangue). Nessa situação, ao longo de rectas intermináveis no deserto alentejano, sem carros à vista, sozinhos mas a pensar no artigo que temos que escrever para o Expresso, existe a possibilidade de em milissegundos fecharmos os olhos a passarmos a ser bestas. Dá que pensar.
Refira-se que na A2, muitos dos acidentes que aconteceram, deveram-se ao facto da viatura, sem razão aparente, sair da sua faixa, galgar a vala central e invadir a faixa contrária com consequente choque frontal. Besta.

É bom distinguir as coisas. O MST é um bestial que escreve livros como o ‘Equador’. Só lamento que não se fique só pelos livros. É que quando escreve artigos deste tipo, consegue ser uma autêntica besta.

Ano de 2006 poderá ser o primeiro a registar menos de mil mortos na estrada

Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada, instituído em 2002 pelo Papa João Paulo II

Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada assinalado por todo o país

CONDUZIA A 224 KM/H E FICOU IMPUNE

Vidas que mudam em milissegundos

A propósito de fumar...


sexta-feira, novembro 17, 2006

Smoke No Smoke

Hoje, 17 de Novembro é o ‘Dia Nacional do Não Fumador’. É o meu dia.

Por acaso é nacional (e até é bom), mas podia ser mundial. Aliás, 31 de Maio é o ‘Dia Mundial Sem Tabaco’. Quem é que inventa estes dias? Será que já existem dias nacionais para os 365 possíveis? Digo 365 porque não acredito que exista um dia que só seja comemorado de 4 em 4 anos. E para os dias mundiais? Ainda haverá vagas? Será que quando esgotarem os dias - tal como as matrículas dos automóveis - arranjam novas classificações, tipo “Dia Universal”? eu tenho com cada preocupação…


No final de 2005, após muitos anos a fumar dois maços por dia, andava com umas ideia esquisitas. Uma voz interior dizia-me: “Tú deixa de fumar. Olha que isso é mau.”. Incomodado com esse ‘besouro’ constante no meu ouvido, eu lá ia pensando que até seria uma boa ideia.
O problema é que a minha cabeça começa com pensamentos estranhos: “Último cigarro? Último? Eu não gosto de pensar que existe um último. E se é o último, será que o tenho de fumar de forma diferente? Dou passas pequenas para prolongar o prazer – tipo cigarro tântrico – ou dou passas prolongadas como se não houvesse amanhã? E se eu fumo apenas porque tenho um tique de mão? O que farei depois? Ponho a mão no bolso? Procuro uma caneta para brincar? Que desculpas vou dar para sair a meio das reuniões ou das salas de espera?”. Eram demasiadas questões e eu não tinha resposta para cada uma delas.
Nesse final de 2005, à noite, eu dava por mim a fumar que nem um doido, na esperança de ficar de tal forma enjoado que nunca mais pensasse num cigarro. O problema é que no dia seguinte, já estava de novo com um cigarro na boca. Mas porque é que eu não engravidava? Talvez assim conseguisse.
O ser humano comum ainda tem uma vantagem sobre mim. Consegue mastigar pastilhas elásticas sem cuspir logo de seguida chumbo dos dentes. Até isso estava contra mim. Nem podia ter uma alternativa mascável em relação ao cigarro. Infelizmente, a natureza não me bafejou com uma dentição de leão. Ainda pensei no chupa-chupa – têm sabores horríveis – e no palito de madeira – tipo Lucky Luke.





Por coincidência, tinha andado a fazer uns exames no final de 2005. Nessa altura, foi com espanto que ouvi o médico dizer: “Expirou o prazo de validade da sua vesícula!”, “perdão!? – pergunto eu”, “Sim, encontrei a nota do fabricante que dizia: ‘do not use after Dec 2005. Made in Hong-Kong’ , assim, teremos que retirar essa peça defeituosa!
Como os tipos do signo Virgem são geralmente super hipocondríacos, fui logo à Net ler tudo sobre operações, anestesias, complicações, recobros, etc. Nessa investigação, li que no caso de uma operação, o ‘talhado’, uma semana antes da data de corte, deveria evitar fumar. Eu lá tentei, mas na véspera ainda fumei.


Pelas 11h do dia 3 de Janeiro de 2006, estava eu a acordar no recobro, quando fui atacado pelo seguinte pensamento: “vou pedir para me levarem lá fora para fumar um cigarrito.”. Este pensamento impuro durou poucos segundos. Apenas o tempo até que eu inspirasse com mais força e dissesse para dentro: das**** que isto dói pra caramba!”.
No dia seguinte, talvez pela excelente refeição de soro que estava a ter, fui atacado pelo seguinte pensamento: “vou pedir para me levarem lá fora para fumar um cigarrito.”. Virei-me tipo tarzan para fazer o pedido quando grito: “das**** que isto dói pra caramba!”.
Nos dias seguintes, já em casa, como estava ‘distraído’ com as dores, sei que os apetites de um cigarro eram mais espaçados. Por outro lado, a ‘maluca’ da princesa mor tinha deitado fora tudo o que era maços de cigarros. Dessa forma, eu estava num autêntico desmame. Não me estava a imaginar a telefonar para o 112 a pedir que me fossem comprar cigarros.

Queria aproveitar para mencionar alguns aspectos perfeitamente horríveis, resultantes do facto de não andar a fumar:
- Após subir escadas, consigo ter uma conversa coerente com alguém que encontro no seu topo;
- As minhas roupas cheiram a lavanda, mesmo ao fim do dia;
- Consigo farejar um cigarro acesso a 1Km de distância;

- Quando fico intolerante, o meu coração não parece que vai saltar pelos tímpanos;
- O meu hálito já não mata os mosquitos mais próximos;
- Descobri que as pontas dos dedos da mão direita são cor-de-rosa. Sempre pensei que amarelo era a cor de nascença;
- As enxaquecas são mais raras e nunca mais tossi tipo cão do ‘siber’ quando vê coisas giras na Net;
- Nunca sei que destino dar aos cerca de 150€ que me sobram todos os meses;

Quanto a aspectos positivos, apenas consigo identificar dois:
- aumentei 8kg. Sempre fui um ‘trinca-espinhas’, 1.80m e 87kg, de maneira que este peso a mais até me deixou mais ‘composto’;
- nas primeiras semanas, descobri que podia ter ido para a Ópera, tais eram as vezes que dava comigo a ‘gritar’ por tudo e por nada;

Uma coisa engraçada, sei que fumei no dia 2 de Janeiro de 2006, mas não me consigo lembrar como foi, nem se gostei. Afinal, o ‘último’ teve pouco significado.


De uma coisa eu tenho a certeza. Sei que nunca vou perder a vontade de fumar. Sei que muitas vezes, quando as minhas narinas detectam nicotina no ar, a minha boca saliva. Tenho também quase a certeza que se fumar um cigarro existirá elevada probabilidade de voltar a fumar. Um cigarro hoje, um cigarro amanhã, dois cigarros depois de amanhã,…, uma coisa leva à outra e estarei a comprar um maço para fumar.
Sei que os desejos são cada vez mais espaçados e que cada vez é mais fácil tirar o impulso da cabeça. Sei que já passaram 315 dias desde a última vez que fumei. Sei que até à hora de publicação deste post ainda não fumei e que irei para casa sem fumar. Amanhã logo se vê.

Se no fim desta conversa sobre tabaco e perante todas estas imagens anti-tabaco, você tiver ficado com vontade de fumar um cigarrito, é sinal que talvez ainda não esteja preparado para tentar deixar de fumar.

Por fim, se precisa de uma desculpa para deixar de fumar, tente saber junto do seu médico se tem alguma peça do seu corpo fora do prazo de validade. Convém que seja a vesícula ou apêndice.

Smoke? No Smoke?

Governo criticado pela demora na aprovação da lei anti-tabaco

Fundação Portuguesa de Cardiologia

quinta-feira, novembro 16, 2006

Resolução de coisas sérias e importantes ...

Coisas sérias e importantes II

O post dos preservativos falsos que podem já ter chegado a Portugal apressou o dar à luz deste post que já estava em gestação há algum tempo. A contrafacção de medicamentos.

A China, esse país de belos costumes, além de têxteis, cd’s, dvd’s, e eu sei lá que mais, dedica-se também à falsificação de medicamentos. Se vocês já viram algum dvd pirateado (comprado na feira ou nos chineses) sabem que a qualidade do mesmo é uma incógnita. Vai desde os que se conseguem ver razoavelmente, aos que pura e simplesmente não se conseguem ver e muito menos ouvir, até aos que trazem um filme completamente diferente do anunciado na capa. Imaginem agora isto em medicamentos. Estão a tomar uma pastilha para os enjoos e afinal era a pílula do dia seguinte.

A OMS estima que 25% dos remédios utilizados nos países mais pobres são falsificados. Os medicamentos são utilizados no tratamento de doenças que colocam em risco a vida dos doentes como a malária, a tuberculose ou a sida. Morrem anualmente não centenas, nem milhares nem dezenas de milhar mas centenas de milhar de pessoas à custa de medicamentos falsos. Só na China, o ano passado, morreram mais de 100 mil pessoas, vítimas do seu próprio veneno.

O problema também é generalizado em países mais ricos, só que com outro tipo de medicamentos, como por exemplo a pastilhinha azul, muito vendida na net mas de proveniência desconhecida. Só nos EUA estima-se que 10% dos medicamentos sejam contrafeitos, o que gera uma receita de $32 biliões. É muita fruta! Imaginem as receitas globais deste negócio!

E cá a Portugal, será que já chegou?
Chegou pois. Ao mais alto nível. A nível hospitalar. Os medicamentos de ponta (tal como os dvd’s) já estão à venda na china antes de sequer chegarem ao mercado europeu (quanto mais ao português). E mesmo que estejam já no mercado, estão a preços proibitivos para serem usados em testes, pesquisas, etc. Mas tudo isso está à distância de um clique do rato. Mais, dizem-me as minhas fontes que existe uma empresa recente na baixa de Coimbra, que consiste de uma salinha apenas, que ultimamente tem ganho imensos concursos para fornecimento de medicamentos aos HUC gerando receitas mirabolantes, e irritando a poderosa indústria farmacêutica que não consegue competir com tais preços. De onde virão tais medicamentos??????

Não é difícil adivinhar, que com o continuar da diminuição da comparticipação estatal nos medicamentos e consequente aumento do custo real destes, conjuntamente com as dificuldades económicas por que passamos, que o nosso mercado se torne atractivo para a venda generalizada de medicamentos contrafeitos.

Coisas sérias e importantes...

Já há muito tempo que ando para escrever sobre isto, mas como o assunto é sério, preferi sempre adiar... Hoje como passei o dia a falar sobre isso, pareceu-me importante deixá-lo aqui...

o impacto da violência conjugal nas crianças

o impacto da violência conjugal sobre as crianças é talvez uma das situações mais flagrantes de vitimação de menores. As crianças são as ‘vítimas silenciosas’ de uma violência frequentemente recorrente e crónica, com efeitos devastadores sobre elas"

Para perceberem como a situação é grave, preocupante e nos deve fazer parar para pensar deixo-vos alguns números:
- 40% a 75% de crianças expostas à violência conjugal sejam também vítimas de abuso físico por parte dos pais;
- crianças que vivem com mães maltratadas tem 12 a 14 vezes mais probabilidade de ser abusadas sexualmente;
- em 90% das situações de violência conjugal, os filhos estão na divisão onde a violência ocorre ou na divisão contígua;
- num estudo de Lisboa, Barroso e Marteleira (2003) sobre a violência sobre as mulheres detectada nos Institutos de Medicina Legal em Portugal, dos 2160 processos analisados, em 95,3% dos casos os filhos presenciaram as agressões e em 66,7% dos casos (no Porto) ou 83,3% dos casos (em Coimbra) os filhos eram também alvo destas agressões.

Caso não saibam, as crianças que foram testemunhas de violência entre os pais tendem a exibir problemas de comportamento muito semelhantes às crianças que foram vítimas de violência parental.

O resto, se tiverem interessados, virá noutro capítulo, agora deixo-vos com algumas imagens (já que não consigo colocar o vídeo)...



Este foi um anúncio feito em Portugal, premiado internacionalmente, mas nunca divulgado entre nós...
institute_for_support_of_abused_children/commercials-218.html

Vale a pena pensar nisto!

quarta-feira, novembro 15, 2006

Eu estive lá!! O Nuno Gomes é que não ...

Preservativos falsificados podem ter chegado a Portugal

"O instituto que fiscaliza os medicamentos em Portugal alertou para a possibilidade da existência de preservativos falsificados no mercado, depois de um alerta das autoridades britânicas.

Os importadores da marca garantem que o lote em causa não chegou a Portugal, mas o Infarmed avisa que, devido à livre circulação de produtos na União Europeia, o produto em causa poderá ter entrado no país por via paralela.

A autoridade portuguesa informa ainda que, segundo o fabricante dos preservativos Durex (SSL International), o lote original foi vendido em Maio de 2005, "pelo que qualquer embalagem que ainda esteja em circulação com o número de lote 20.604.354 é provavelmente contrafeita, pelo que deve ser recolhida do mercado".

O Infarmed aconselha os utilizadores e vendedores a confirmar o lote dos produtos utilizados e, caso verifiquem que se trata do lote em causa, devem devolvê-los ao fornecedor ou entregá-los ao instituto."
(Fonte: http://www.publico.clix.pt/)


Já nem nos preservativos podemos confiar.... :-( Chiça!

lllloooolllll

terça-feira, novembro 14, 2006

A propósito de coisas simples...


segunda-feira, novembro 13, 2006

Quando um gato ouve o discurso de Sócrates...

"Tirem-me daqui!!!"

Meus senhores, poupem pelo menos os gatos. Quer dizer, não havia necessidade...

domingo, novembro 12, 2006

Novo modelo para os hospitais psiquiátricos

"Obrigado por ter ligado para o Júlio de Matos, a companhia mais adequada aos seus momentos de maior loucura."

- Se você é obsessivo-compulsivo, marque repetidamente o 1;
- Se você é co-dependente, peça a alguém que marque o 2 por si;
- Se você tem múltipla personalidade, marque o 3, 4, 5 e 6;
- Se você é paranóico, nós sabemos quem é você, o que você faz e o que quer. Aguarde em linha enquanto localizamos a sua chamada;
- Se você sofre de alucinações, marque o 7 nesse telefone colorido gigante que você, e só você, vê à sua direita;
- Se você é esquizofrenico, oiça com atenção, e uma voz interior indicará onúmero a marcar;
- Se você é depressivo, não interessa que número marque. Nada o vai tirar dessa sua lamentável situação;
- Porém, se VOCÊ votou Sócrates, não há solução, desligue e espere até 2009. Aqui atendemos LOUCOS e não INGÉNUOS! Obrigado!

Impressionante!

sábado, novembro 11, 2006

Numa tarde de Outono...

Numa tarde de Outono observamos a natureza.



Numa tarde de Outono levamos alguém a ouvir o mar



Numa tarde de Outono pensamos ser desportistas




Numa tarde de Outono comemos castanhas e voltamos para casa satisfeitos.
Afinal, são as pequenas coisas da vida que nos dão mais prazer.

sexta-feira, novembro 10, 2006

Quando a matemática deixa de ser uma ciência exacta

Para o Ministério das Finanças, a adesão à greve de ontem rondou os 11,74% , enquanto as estruturas sindicais apontam para valores da ordem dos 80%.

É uma diferença de apenas 68.26 pontos percentuais...

quarta-feira, novembro 08, 2006

Há coisas que não se dizem!

Quando somos pequenos, podemos dizer tudo o que pensamos. Quanto muito, ouvimos um “Luis Miguel! Não se diz isso que é feio!”.
Quando estamos com uma criança e ela nos diz “tu é muta feio!”, nós aceitamos porque a uma criança tudo se perdoa. Quando crescemos, tomamos consciência que há pensamentos que devem ficar confinados a uma zona do cérebro, com o nome “caixa-para-guardar-tudo-o-que-pensou-mas-não-deve-dizer”.


O problema é que algumas pessoas, adiante designadas por ‘desbocadas’, por algum motivo genético – dirão uns – não nasceram com um centro de auto censura implantado no hemisfério direito do cérebro – aquele que comanda a fala. Assim, não têm um conjunto de neurónios, dotados de lápis azuis, que consigam riscar os pensamentos mais impróprios, impedindo-os de serem comunicados para o altifalante do sistema de som do corpo.

Estas pessoas apenas devem ter um único ‘fiscal’ para todo o cérebro. Perante tão grande caudal de pensamentos impróprios, este apenas consegue correr cérebro abaixo a gritar “Agarra que é um pensamento impróprio! Agarra o gajo! Por favor, não o deixem chegar à boca!”.

O pior destas pessoas, com um ‘gatilho sensível’ no que toca à expressão verbal, é justificarem-se dizendo: “Eu cá sou uma pessoa muito franca. O que tenho para dizer, digo, e não ando aqui com ‘coisas’”. Mas alguém lhes pediu sinceridade? Será que não entendem que há coisas que se podem pensar mas que não podem ser ‘disparadas’?

Falar de assuntos gordurosos: andamos nós a pensar que aquilo do ‘Linea Zero’, ‘Light’, ‘Corpos Danone’ e outros tais que levem ‘Aloe Vera’, são eficazes, quando encontramos alguém de ‘gatilho sensível’ que já não vemos há um certo tempo. Ainda estamos a estender a mão e já ouvimos: “Eh pá, você tá gordo! Bolas, tá mesmo gordo. Caramba, isso é que é, só docinhos, não?” – uns minutos depois – “Bolas, isso é que é. Quem o viu e quem o vê!”.
Educadamente, podemos sempre dizer: “É verdade, é verdade. Mas há um ano atrás era bem pior. “‘Prazer’ – a remoer entre os dentes – em vê-lo!”.

Falar de doenças: andamos nós preocupados com uma ‘coisa’ que não sabemos o que é, p.e. uma tosse com comichão e arrepios na espinha seguida de suor abundante, quando temos o azar de falar ao telefone com um ‘gatilho sensível’ doutorado em medicina: “O quê? Tosse e arrepios? Eh pá, conheço um tipo que com uma coisa semelhante foi parar ao Hospital. Parecia uma borbulha, só que não era, começou a tomar antibióticos, blá, blá, …internamento, blá, blá,…biopsia, blá, blá - aqui, já não o estamos a ouvir”. Diga-se que estes ‘doutorados em medicina’ estão sempre presentes nas urgências dos Hospitais, preferindo no entanto os SAP pela manhã.



Falar de bebés: quando toca a bebés, são poucos os que têm um ‘gatilho sensível’. Eu sei que tudo é possível, mas, regra das regras, não há bebés feios. Ninguém, mesmo com ‘gatilho sensível’, será capaz de chegar ao pé de uma recente mãe e dizer: “Eh pá, é mesmo feio. Parece um gremlin!”, ou “Iiiii, que grandes orelhas! Até parece o Dumbo!”. Bom, tudo é possível.

Uma atitude conservadora que sempre tive, foi nunca pronunciar grandes opiniões sobre bebés, dos quais, não conheça o seu ‘histórico’. Assim, tenho a certeza de não ‘meter os pés pelas mãos’. Se na rua encontro uma senhora com um bebé num carrinho, digo: “Lindo bebé. Tão giro. Olha que engraçado. Olha que risonho.” e chega. Dizer mais do que isto pode trazer problemas. Por exemplo: “É mesmo a sua cara!” – resposta – “Ah! Mas eu sou só a ama!”. Ou, imaginem a tal senhora inglesa, que teve gémeos com cor de pele diferente, quando encontrar ‘desbocadas’ pelo caminho. O que irá ouvir dessas pessoas e o que irá responder?

Bom, isto tudo para chegar à seguinte história. Andava a minha princesa Mor a passear a princesa Jr no nosso carrinho de bebé tipo porta-aviões – maior que o U.S.S. Enterprise agora atracado em Lisboa – quando encontra uma rapariga que esteve com ela no recobro, após o trabalho que foi necessário efectuar para extrair a princesa Jr.

Essa rapariga - adiante designada por Sra. X – tinha tido conhecimento que a minha mulher dera à luz uma menina – linda, por sinal, mas é apenas um comentário de pai babado. Mais, durante dois dias, tinha estado junto à minha mulher no Hospital.

Então, não é que ao fim de cinco meses, a Sra. X vê a minha mulher, olha para a princesa Jr. E pergunta: “Ah! Então não tinha tido uma menina?”
Mas é coisa que se diga? A miúda tinha que estar vestida de cor-de-rosa? Se a Sra. X soubera no hospital que o bebé era do sexo feminino, que raio teria acontecido entretanto à miúda? Teria mudado de sexo em cinco meses?
Há coisas que não se dizem!

E vocês? Conhecem muitos ‘desbocados’?

Pena de Morte


05-11-2006 - 12:15
A revolta de Saddam
Saddam Hussein gesticula contra o juiz no momento em que, hoje de manhã, ouviu a sentença que o condenou à morte por enforcamento por crimes contra a humanidade perpetrados na localidade xiita de Dujail, onde foram massacradas 148 pessoas. Na sessão de hoje do Tribunal Especial Iraquiano, Saddam gritou várias vezes “Deus é grande” e “Longa vida à Nação”. O antigo presidente do Tribunal Revolucionário iraquiano, um dos três meios-irmãos de Saddam e ex-chefe dos serviços secretos, foram sentenciados com a mesma pena.
Foto: David Furst/AP. Fonte: O Público

Vocês concordam com a pena de morte? Eu não.

(X,Y,Z)_Coordenadas Musicais


Koop - Come to me



De ascendência sueca e sedeados em Estocolmo, este duo funde as suas raízes na música electrónica. A editarem desde 1997, os Koop têm marcado a sua presença de uma maneira muito subtil e despercebida, assinando três trabalhos em nome próprio e participando em inúmeras colectâneas. O seu mais recente trabalho é digno de referência, porque mesclam um swing, com cheiro a anos 30/40, a um jazz de orquestra em segundo plano, tal como soa a música de entretenimento tocada numa qualquer festa de bom gosto musical, acompanhada por uns cocktails e boa disposição. Com participações vocais de Yukimi Nagano, Mikael Sundin, Rob Gallagher etc… eis mais um bom momento musical, para nos acompanhar em casa, no carro ou em qualquer outro lugar…

http://www.dieselmusic.se/koop/


Sons of Koop_1997

Waltz for Koop_2002

Waltz for Koop_Alternative Takes_2003

Koop island_2006

sábado, novembro 04, 2006

Votação #2

É verdade, terminou a votação #2.
Enquanto Paulo Portas e Fernando Ruas seguiam destacados na votação, eis que Alberto João liga o turbo e vence destacado. Terá a sua entrevista na RTP sido responsável por este impulso nas votações?
Aguardam-se os comentários dos nosso notórios comentadores de figuras políticas.
Entretanto, para isto não arrefecer, deixo já aqui a proposta para a votação sobre a 'figura feminina mais irritante' - não tem que ser política.
Caso concordem, apresento já dois nomes, ficando os restantes ao vosso critério:
1) Luciana Abreu
2) Fátima Felgueiras
3) Luciana Abreu (desculpem, assim são 3)
4) Luciana Abreu (desculpem, assim são 4)

"o essencial é invisível aos olhos..."


Hesitei antes de escrever este post, mas não resisto, tenho de deixar registado...
Participei pela primeira vez numa Noite Inaciana, uma noite inteira de oração e caminhada, de Ourém a Fátima, com o lema "Louvar, Reverenciar e Servir"...
A chuva e o frio acompanharam-nos durante toda a noite, mas valeu a pena...
Finalmente tive tempo para parar um pouco, para pensar, para louvar, reverenciar e servir... Custou, mas estou feliz... e tranquila...

sexta-feira, novembro 03, 2006

O avô e o chapéu-de-chuva


Hoje, quando fui buscar a minha sobrinha ao jardim escola (sexta-feira é o dia em que tenho essa agradável tarefa) fiquei presa a uma imagem que me deliciou o coração. Cruzei-me com um avô simpático que foi buscar o seu pequenote de três anos. Como pingava um pouco vinham ambos abrigados num chapéu-de-chuva. Mas não era uma chapéu-de-chuva qualquer, era um chapéu-de-chuva gigante, parecia quase um daqueles chapéus-de-sol que levamos para a praia no Verão, debaixo do qual nos sentimos protegidos contra o sol quente de Agosto e até contra os raios ultra-violeta.

Debaixo daquele chapéu-de-chuva o pequenito ia contente. Abraçado ao avô lá ia protegido contra as gotas de água e contra o vento, contra o medo e contra a tristeza, contra os lobos e contra os sonhos maus, contra, enfim, todos os males do mundo, daqueles que apenas os nossos avós nos podem proteger.

Ao olhá-lo, pequenito e feliz, tive vontade de ter tido um avô com um guarda-chuva daquele tamanho.

MTV EMA 2006

Foram estes os vencedores da noite dos EMA que desta vez decorreu em Copenhaga:

Melhor Grupo
Depeche Mode

Melhor artista feminina
Christina Aguilera

Melhor artista masculino
Justin Timberlake

Melhor Grupo Rock
The Killers

Melhor cantor pop
Justin Timberlake

Melhor Album
Stadium Arcadium - Red Hot Chili Peppers

quinta-feira, novembro 02, 2006

Tenho Fobias! e depois!?

Hoje, decidi falar de fobias. Ou melhor, decidi confessar as minhas fobias. Não é o medo do escuro, medo de andar de avião, medo do que possam pensar. Não. São medos elevados ao cubo.

Na wikipédia, encontramos: «Fobia (do Grego φόβος "medo"), é o temor ou aversão exagerada ante situações, objectos, animais ou lugares. A fobia caracteriza-se pelo pavor desmedido de quem a tem, que mesmo sabendo do carácter ridículo ou inofensivo de seus medos, não consegue controlar-se. Muitas pessoas sofrem de vários tipos de fobias simultaneamente; mas, felizmente, alguns tipos de fobias já podem ser tratadas com procedimentos psicológicos adequados.»

Assim, mesmo sabendo do carácter ridículo ou inofensivo dos meus medos, confesso que não consigo controlar-me em duas situações particulares. Neste caso, poderei dizer que tenho um semi-problema de 'Entomofobia' - medo de insectos - e um quase-absoluto-problema de 'Altofobia' - medo de alturas.

No caso dos insectos, considero um problema parcial, pois existe um conjunto de espécies que não me afectam, caso das formigas, moscas e joaninhas. No entanto, apresento imagens dos seres que são capazes de me provocar reacções incontroláveis ou ridículas, tipo, saiam da frente que eu estou a fugir e a bater-me no corpo com as mãos.
Por grau decrescente de pânico, indico o gafanhoto e a barata. Isto implica que em casa e no carro, as janelas estejam sempre fechadas (medida anti-gafanhoto) e a casa tenha sido adquirida numa zona nova da cidade de Faro (medida fundamental anti-barata).

Em relação ao gafanhoto, quando olho para imagem dos miúdos a correrem no meio deles, penso que nem com um fato de astronauta conseguiria fazer o mesmo. Aliás, embirrava com a ‘Abelha Maia’ sempre que aparecia um tal de ‘Flip’ pois achava impossível poder simpatizar com um gafanhoto saltitão.
Quanto à barata, lembro-me quando vim para Faro e aluguei uma casa na parte baixa e antiga da cidade. Bem, ainda consegui matar uma com uma lista telefónica. As restantes, ficaram elas a pagar a renda ao senhorio porque eu pirei-me para bem longe.

Com isto, só me lembro daquele senhor num concurso muito triste que dizia para o apresentador que tinha um lagarto na mão: "Ai, ponha, ponha, ponha!". É ridículo, eu sei, mas na verdade, seria incapaz de viver no campo. Neste momento, aqueles que estiveram ou viveram em África devem estar a dizer entre os dentes – “havias de lá ir para saber o que são insectos grandes”.

Em relação às alturas, o problema não é total, porque consigo ir à varanda de um 5º andar. Atendendo a que aqui não há arranha-céus, a coisa até que funciona.
Um dia, estava eu em Paris - dito assim até parece que sou muito viajado - e alguém disse: "vamos à torre?", "torre? qual torre? - como se não soubesse". Vista de longe, nem parece muito alta. O primeiro elevador até passou rapidamente. Agora o segundo...tipo na vertical e cheio de vidro...bem, estávamos em Janeiro e fazia um frio de rachar. Quando chegámos ao topo da dita torre, as minhas mãos vertiam suor e a roupinha interior podia-se torcer. Encostei-me à primeira parede que encontrei e tentava fazer uns movimentos com a cabeça em sinal de concordância com a linda vista que os meus companheiros estavam a apreciar.

E quando fui à Madeira e armado em corajoso, disse: “vamos no teleférico!”. Devia estar maluco na altura. Nunca imaginei que um teleférico pudesse ter tanto vidro. Na subida, a meio do trajecto, nem sei como não me saltou o enorme pequeno-almoço do hotel. Acho que os meus dedos ficaram marcados para sempre no banco do teleférico, tipo ‘aqui esteve um altofobo’.

Sim, tenho fobias que me provocam atitudes ridículas. Estarei sozinho?

Notas: Deixo aqui o
link para o vasto conjunto de fobias indicado na Wikipédia. No meio desse vasto conjunto de fobias, indico estas pérolas:
Cacofobia - medo de pessoas feias; Fronemofobia - medo de pensar; Mitofobia - medo de mitos, histórias ou declarações falsas; Autodisomofobia - medo de alguém com cheiro horrível